quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Outonos passados
Tem que se admirar o Outono. É a estação que deixa todos indiferentes. O Inverno com o seu rigor e paisagens brancas, o Verão e as suas férias de praia, bikinis pequenos e calor que todos querem, a Primavera da esperança e sempre saboreada como um novo começo. O que resta então ao Outono? Ser a estação em que os dias morrem, da vida quase acabada de uma natureza que parte antes que o inverno a tome sob o seu manto negro. É a fertilidade que dá o último suspiro.
O Outono é o final calmo de um passeio pela vida, salteado de amarelo e laranja. Dourados daquilo que já se foi.
 
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quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Lápis azul - NIMBY*

No fundo, o lápis azul continua a ser teorizado em muitas instituições deste país. O Tribunal de Torres Vedras e a esquadra da PSP de Braga são apenas dois micro-cosmos que vêem a liberdade com olhos formatados.

Mais que mera precipitação, tivemos exemplos claros de cedência a cidadãos incomodados, mas que se esquecem que a liberdade é de um povo, de um país, não do seu quintal. E agora, que consequências vai ter esta forma de ver a liberdade a partir do quintalinho?


*A expressão aplicada à ecologia encontra agora sentido na censura em Portugal: Not in my back yard!
 
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segunda-feira, fevereiro 23, 2009
É por isto que...
... eu não vou ao Modelo. Quer dizer, Portugal - a Justiça, os Tribunais - é isto... Um pesadelo...

Notícia da Lusa:
«Bragaparques: Domingos Névoa condenado a multa de cinco mil euros.»
 
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Amedeo Modigliani
Quem gosta de pintura com retratos, rostos e corpos, não pode ignorar a obra de Modigliani.

Os traços e a cor do pintor italiano contagiam qualquer leigo, simples apreciador de arte.

E porque a arte é mais que captar os sentidos, talento é o que não falta aqui.

 
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22? Sim, vinte e dois.


Dieta arábica?!
 
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Coisas boas de Portugal (XXXVII)
Serra da Arrábida (Setúbal).
 
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Coisas boas de Portugal (XXXVI)
Maria Helena Vieira da Silva.
Título do quadro: O Passeante Invisível.
 
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domingo, fevereiro 22, 2009
Coisas boas de Portugal (XXXV)
Torre dos Clérigos (Porto).
 
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sexta-feira, fevereiro 20, 2009
BPN: a ordem da grandeza

«Detectámos que algumas pessoas tinham feito levantamentos em numerário. Falámos com quatro colaboradores, que disseram todos que o tinham dado a pessoas específicas, administradores [do BPN] essencialmente. [...] Um deles [dos administradores] disse logo que sim. [...] As pessoas recebiam salários mensalmente, uma parte legalmente e outra em numerário, em moeda viva e, todos os meses, quem recebia por fora ia buscar o seu dinheiro, contou o administrador. [...] A ordem de grandeza é de vários milhões de euros. [...] Houve levantamentos em numerário desde sempre. [...] Ninguém ganha 200 mil euros por mês, depois 50 mil euros, ou 100 mil euros. São estes os levantamentos que eram feitos. [...] Vimos duas contas com movimentos de várias centenas de milhões de euros. Eu vi uma parte, só uma parte. O meu colega viu outra parte, outra sequência de movimentos. [...] Se perguntarem ao Banco Insular, eles sabem de quem é».

Manuel Meira Fernandes, ex-administrador da SLN, em declarações aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BPN, Lisboa, 19 de Fevereiro
 
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Três perguntas
Três questões simples: se há um tio que divulga publicamente que pôs em contacto o sobrinho com um terceiro, para tratar de um qualquer negócio, como reage o sobrinho? Se o Ministério Público ouve o autor da afirmação – o tio -, não terá interesse, o sobrinho, para defender a sua dignidade, e por motu proprio prestar declarações às autoridades? Qualquer afirmação, que ponha em causa a nossa honra, seja por um familiar, seja por um parente, afim ou desconhecido, não deve ser refutada?
 
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quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Coisas boas de Portugal (XXXIV)
Fernando Pessoa.

Ó sino da minha aldeia

Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
 
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Coisas boas de Portugal (XXXIII)
Bolacha Maria.
 
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terça-feira, fevereiro 17, 2009
Coisas boas de Portugal (XXXII)
Eléctrico de Lisboa.
 
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Coisas boas de Portugal (XXXI)
Torre do Tombo.
 
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Coisas boas de Portugal (XXX)
Ponte Vasco da Gama.
 
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Coisas boas de Portugal (XXIX)
Parque Nacional da Peneda Gerês.
 
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segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Copo cheio, copo vazio... ou nenhum dos dois



O ministro japonês das Finanças, Soichi Nakagawa, nega ter ficado bêbado durante a conferência do G7 de sábado, em Roma, e atribuiu a alteração comportamental aos medicamentos que tomou para tratar um resfriado. Um cocktail de medicamentos e álcool pode sem dúvida levar a este estado...

AFP
 
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sábado, fevereiro 14, 2009
Flash
Lindsey Vonn [EUA].

Desculpa Ana Ivanovic, mas tenho uma nova diva no desporto.
 
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quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Euroconfusões
 
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Coisas boas de Portugal (XXVIII)
Castelo de Almourol.
 
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...e ao oitavo dia, Deus deixou de ser o criador… e no nono voltou a sê-lo…
Faz hoje 200 anos que nasceu Charles Darwin. Se fosse vivo, o naturalista veria, com os mesmos olhos que viram o início, o estado em que se encontra a nossa evolução. O homem, ser último da espécie animal, regrediu em tantos domínios. Ou está parado estranhamente como há dois séculos. Não contraria isso a selecção natural? Porque a selecção natural falha quando constatamos que o fracasso, ainda que natural, também vence. O que responde a biologia ao que somos, homo artificial?

PS: A primeira parte do título é do jornal Meia Hora (de 11 de Fevereiro), cuja leitura aconselho.

Algumas frases emblemáticas de Darwin:

"Um homem que ousa desperdiçar uma hora ainda não descobriu o valor da vida."
"Um homem da ciência não deve ter desejos, nem afeições, somente um mero coração de pedra."
"Conseguimos realizar nossos propósitos, economizando os minutos."
"Para ser um bom observador é preciso ser um bom teórico."
"Se a miséria dos nossos pobres não fosse causada pelas leis da natureza, mas pelas nossas instituições, grande seria no nosso pecado."
"Não gostamos que os animais, a quem tornamos nossos escravos, sejam considerados nossos iguais."
"A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana."
"Devemos, no entanto, reconhecer, como me parece, que o homem com todas as suas nobres qualidades... ainda sofre em sua prisão corpórea a indelével marca de sua humilde origem."
"Na sobrevivência dos indivíduos e raças favorecidas, durante a luta constante e recorrente pela existência, vemos uma forma poderosa e incessante de seleção."
"A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana."
"Não consigo me convencer de que um Deus caridoso e omnipotente teria propositalmente criado vespas parasitas com a intenção expressa de alimentá-las dentro de corpos vivos de lagartas."
"A ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento: são aqueles que sabem pouco, e não aqueles que sabem muito, que tão positivamente afirmam que esse ou aquele problema jamais será resolvido pela ciência."
"Se o mistério da pobreza não for causado pelas leis da natureza, mas pelas nossas instituições, grande é o nosso delito."
"O rubor é a mais peculiar e humana de todas as expressões."
"A história se repete. Esse é um dos horrores da História."

 
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quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Coisas boas de Portugal (XXVII)
 
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Coisas boas de Portugal (XXVI)
Barragem do Alto do Lindoso (Ponte da Barca).
 
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Coisas boas de Portugal (XXV)
Praia da Nazaré.
 
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Coisas boas de Portugal (XXIV)
Tapetes de Arraiolos.
 
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Coisas boas de Portugal (XXIII)
Requeijão de Seia.
 
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segunda-feira, fevereiro 09, 2009
LOL...
... é o que me apetece fazer quando vejo o penalti do que o árbito do Porto-Benfica de ontem assinalou e que deu empate. Um sonoro e vibrante LOL.
 
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quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Coisas boas de Portugal (XXII)
Guitarra portuguesa.
 
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Coisas boas de Portugal (XXI)
Lagoa das Sete Cidades (S. Miguel, Açores).
 
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Coisas boas de Portugal (XX)
Das mil formas como é confeccionado. Bacalhau.
 
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terça-feira, fevereiro 03, 2009
C - R - I - S - E

 
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Coisas boas de Portugal (XIX)
Navio-escola Sagres.
 
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Kafka ou o fim da história

“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que todas as filosofias existentes».
William Sheakespeare, Hamlet

Hipótese A:
Alguém com o propósito ou de destruir a vida de uma pessoa, ou por ingénua leviandade, escreve uma carta lançando suspeitas sobre diversas pessoas, a propósito de um investimento numa área protegida. Se a carta não for investigada até à exaustão, a partir de agora conhecemos uma forma ligeira de derrubar o nosso vizinho do lado ou o mais poderoso dos senhores.

Hipótese B:
Partindo de factos e de dados que considera duvidosos, mas temendo expor-se, um cidadão atento escreve uma carta sobre um negócio alegadamente pouco transparente, envolvendo um ministro, familiares deste e diversos representantes do investidor inglês. Uma vez mais, a Justiça tem o dever de apurar a verdade.

Entre estas duas hipóteses há perguntas que se impõem:

1.ª Quem escreveu a carta anónima?

2.ª Como se realizou o negócio entre o Estado português (ministério do Ambiente), a Câmara de Alcochete, o investidor britânico e demais intermediários?

3.ª O que significa em matéria jurídica ter alegadamente «solicitado, recebido ou facilitado» pagamento no licenciamento do outlet de Alcochete?

4.ª Por que razão aparecem envolvidos familiares de José Sócrates e qual o seu papel no assunto?

5.ª Quais e onde estão as provas de tráfego de influências ou de corrupção?

6.ª O que fez o Ministério Público desde o dia em que a carta anónima chegou ao seu conhecimento? Que passos encetou?

7.ª O que está a fazer o Ministério Público para determinar quem viola sistematicamente o segredo de Justiça?

8.ª Que meios são necessários para que rapidamente se possa alcançar um mínimo ético aceitável, de forma que se saiba o que é fundamental julgar e o que é para arquivar?

9.ª Devemos confiar nos tribunais portugueses, depois do caos com que as autoridades públicas lidaram com o caso Moderna, Casa Pia e Camarate?

10.ª Por que razão as autoridades transmitem a ideia de serenidade, quando realmente nada está efectivamente bem, assumindo o caso contornos anti-democráticos e devastadores para a credibilidade e funcionamento regular das instituições?

11.ª Por que afirmou José Sócrates que está a ser dirigida uma «campanha negra», dirigida por «poderes cultos» com o intuito de o atingir pessoal e politicamente? Que nomes e rostos têm esses poderes cultos? Demonstre-o.

12.ª Num ano de eleições legislativas e em que o Governo vai decidir a atribuição de um quinto canal de televisão em sinal aberto, o Senhor Primeiro-Ministro crê que há algum grupo de media interessado em atacar a sua honestidade? De onde julga que vêm as violações ao segredo de justiça?

13.ª Por que confunde, Sócrates, o plano político com o plano judicial? Por que se vitimiza, se esta já não é a primeira história mal explicada, na vida de um homem que assume responsabilidades públicas? Por que joga com a estratégia política, buscando legitimidade popular, quando o que está em causa é fazer uma investigação de alegados crimes?

Adenda: As perguntas 1.ª a 10.ª seriam dirigidas ao Procurador-Geral da República. As questões 10 a 13 têm como destinatário o Primeiro-Ministro, carecendo a 13.ª de comprovação, caso contrário posicionar-se ao mesmo nível do(s) autor(es) de uma carta anónima.
 
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segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Coisas boas de Portugal (XVIII)
 
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Coisas boas de Portugal (XVII)
Raras marcas nacionais atingem este nível de notoriedade, pela qualidade.
Tanto podemos vê-la na Macy`s, em Nova Iorque, como nas Galeries Lafayette, em Paris.
 
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Coisas boas de Portugal (XVI)
Calçada portuguesa.
 
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Coisas boas de Portugal (XV)
Filigrama.
 
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